Anos de Experiências
Sobre Nós
Um dos mais importantes grupos orquestrais da região Nordeste
Criada oficialmente em 1985, a Orquestra Sinfônica de Sergipe inicialmente foi sediada no Conservatório de Música de Sergipe, consistindo artisticamente em grupo experimental para os trabalhos desenvolvidos naquela instituição. Desde 1971, contudo, já havia um pequeno grupo de alunos e professores de música reunidos nesta instituição para a prática de música de câmara e peças orquestrais para pequenas formações. O maestro criador do grupo foi o sergipano Rivaldo Dantas (1941-2021). Natural de Maruim, estudou música em Sergipe e, aos 18 anos, foi morar no Rio de Janeiro, dando continuidade aos estudos musicais, participando, como violoncelista, de diversas orquestras. Em 1967, retornou a Sergipe e atuou como regente coral e de diversas bandas locais, também ocupando o cargo de diretor do Conservatório de Música do Estado durante muitos anos.
Após severas dificuldades administrativas e perda de músicos, o grupo passou por um período ainda mais complexo, entre 1992 e 2002, com a realização de escassos concertos, alguns sob a direção do maestro Francisco Lima (1945-2023), que permaneceu na Orsse entre 1995 e 1997. A partir de 2003, com a gestão do Sr. José Carlos Teixeira (1936-2018) à frente da Secretaria de Estado da Cultura, novo impulso destinou-se à orquestra, agora já sediada no novo teatro da capital: o Teatro Tobias Barreto. Inicialmente com o retorno de Rivaldo Dantas à frente do grupo, a orquestra iniciou seguidos processos de reestruturação; sucederam a Rivaldo os maestros Gladson Carvalho (2003-2004) e Ion Bressan (2005-2006). Em 2005, para a realização da Nona Sinfonia de Beethoven, foi criado o Coro Sinfônico da Orsse, composto por cantores amadores do movimento coral local, sob a regência do maestro Daniel Freire.Em 2006, assumiu o posto de diretor artístico e regente titular o maestro Guilherme Mannis, promovendo, juntamente com o corpo orquestral, a consolidação de um consistente movimento cultural em torno da música sinfônica no Estado. A partir daí, diversos projetos foram criados, como as Temporadas Anuais de Concertos no Teatro Tobias Barreto, a Série Cajueiros, composta por concertos de repertório sinfônico tradicional, a Série Mangabeiras, composta por concertos de em crossover com a música popular e regional, além de projetos de popularização do acesso à orquestra, como o Sinfonia do Saber, com a participação de crianças em eventos específicos concebidos para elas, e o Orquestra na Estrada, com a realização de concertos em diversas cidades do interior do Estado. A orquestra tornou-se respeitada nacionalmente, com a presença de grandes artistas em suas temporadas de concerto, e também com a realização de incursões fora do Estado, dentre as quais destacaram-se a Turnê Brasil (Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo), em 2009, e o Festival de Inverno de Campos do Jordão (2010). Fizeram parte deste projeto de consolidação da Orsse os maestros assistentes Aline Costa (2006), James Bertisch (2007-2009) e Daniel Nery (2010-2013).
Entre as realizações artísticas mais relevantes das últimas duas décadas, destacam-se a realização das óperas La Bohème, Aida e Tosca, a gravação do CD Cinquentenário Villa-Lobos, a integral das sinfonias de Beethoven, Tchaikovsky, Schumann e Brahms, a execução de quase a totalidade das obras básicas do repertório sinfônico, a realização de grandes obras sinfônico-corais como “O Messias” de Händel, “Carmina Burana”, de Orff, Fantasia Coral de Beethoven, “Nänie”, de Brahms, “Requiem e Missa da Coroação”, de Mozart, “Te Deum” de Bruckner, a execução de inúmeros concertos para instrumentos solistas. Ao longo dos anos, a Orquestra acumula público médio de 40 mil pessoas por temporada, realizando concertos em mais de 30 cidades no interior do Estado de Sergipe. Cerca de 100 obras sinfônicas são executadas por Temporada, dentre as quais prioriza-se a música brasileira (em torno de 50%) e a produção local. O “crossover” com a música popular é marca registrada do grupo, com produção de arranjos inéditos para as ocasiões; entre os concertos do gênero destacam-se o “CineOrquestra”, com a interpretação de trilhas de cinema, “Muzikflix”, com a performance de trilhas de seriado, “Grande Concerto Junino”, repleto de música regional e convidados especiais, “Dia das Crianças”, com a apresentação de peças infantis e juvenis.